No momento em que o governo brasileiro está decidido a devolver as terrasRaposa Serra do Sol aos índios que alí habitam tradicionalmente devido ao processo de demarcação realizada pela FUNAI que, considera aquelas terras como território indígena é necessário fazer uma reflexão para os brasileiros que não conhecem a realidade amazõnica mas, que tem a obrigação como brasileiro de defender um patrimônio que é somente nosso. O governo do presidente Lula como diz a matéria do jornalista americano, do jornal The New York Times , na materia "De Quem é Esta Floresta Amazonica, Afinal?tenta aprovar no Congresso leis para restringir o acesso a floresta, não é só isso, o novo Ministro do Meio Ambiente anunciou que as forças armadas vão defender as reservas indígenas mas, estas ações do governo Lula serão iniciativas secundárias, pois o que mais urge no momento seria o governo do presidente Lula cumprir aquilo que nenhum outro presidente desde a promulgação da Constituição Federal em 1988 cumpriu ou seja, o Art. 12 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias que determinou que "será criada dentro de noventa dias da promulgação da Constituição, Comissão de Estudos Territoriais com dez membros indicados pelo Congresso Nacional e cinco pelo Poder Executivo, com a finalidade
de apresentar estudo sobre o território nacional e ante-projetos relativos a novas unidades territoriais, notadamente na Amazônia Legal e em áreas pendentes de solução". Quem não conhece a realidade amazônica e, principalmente, estas duas regiões do Rio Negro e Solimões, não faz a menor idéia de quanto o Brasil está perdendo com o contrabando de riquezas minerais no Alto Rio Ngro e de peixes, madeiras da região do Alto Solimões, devido a falta de um poder administrativo que possa evitar a evasão de nossas divisas para países vizinhos, que revendem para países do primeiro mundo.
A economia destas duas regiões, Alto Rio Negro e Solimões, se tiver incentivos por parte do governo federal, poderá crescer de tal forma que, em pouco tempo , se tornarão viáveis para serem transformados em estados . Vejamos o caso de Letícia, por exemplo, capital do Departamento del Amazonas Colombiano. Esta cidade tem hoje uma grande infra-estrutura e, seu principal produto, que mantém o desenvolvimento e gera uma grande atividade econômica
"é o pescado seco e fresco", e não é difícil imaginar de onde saem este pescado. O outro fator que tambem contribui para o desenvolvimento econômico do estado do Amazonas Colombiano é o turismo fortalecido pricipalmente pela população do Alto Solimões que fazem compras em Letícia. Ora, se a Colômbia criou, no dia 4 de outubro de 1991, o estado do Amazonas Colombiano com toda estrutura de governo que faz frente aos nossos combalidos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Santo Antonio do Içá, Amaturá e Tonantins, porque o Brasil não pode criar uma estrutura de governo para fortalecer a economia desta região?
O problema não é só este. A questão dos movimentos guerrilheiros colombianos que a cada dia se aproximam da fronteira com o Brasil, gerando preocupações nos setores militares que tem um efetivo de homens reduzidos nestas regiões, ao passo que se fôsse criado o território, teríamos um efetivo maior com os comandos militares regionais que seriam criados, como também as policias militar e civil.
Com relação ao Alto Rio Negro, a situação não é diferente do Solimões. Muitos garimpeiros já invadiram áreas indigenas e Parques Nacionais. Se esta região tivesse uma estrutura governamental poderia se criar alternativas economicas viáveis as populações que habitam nesta região.
A criação dos dois territórios federais já chegou até a virar engôdo eleitoral, de dois em dois anos o assunto ganhava dimensão de projeto importante que seria levado a sério mas, depois esses projetos voltavam aos arquivos, até que outra eleição se aproximasse, assim, parlamentares prometiam redividir a Amazônia para criar territórios federais e até mesmo novos estados dando assim esperança aos eleitores, passada a eleição os projetos eram arquivados nas comissões do Congresso.
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