terça-feira, 19 de novembro de 2019

A LAMA E O ÓLEO QUE MUDARAM O CENÁRIO DO NORDESTE E DO SUDESTE BRASILEIRO


O óleo que atingiu mais de 120 praias no Nordeste e o desespero do povo tentando se livrar do óleo.

Das montanhas de minérios de Minas Gerais, por duas vezes se formou um tsunami de lama que tirou vidas de pessoas, que lutavam para sobreviver e matou os rios que eram a esperança da população trabalhadora, simples e humilde de dois estados brasileiros que habitavam as margens destes rios.

Os sobreviventes destes crimes ambientais, incrédulos e com olhares que carregam as marcas de sofrimento, jamais poderiam imaginar que além da lama que fez as águas dos rios se tornarem um mar de lama, com o rompimento da barragem em Mariana que ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues e Brumadinho em 25 de janeiro de 2019 em Minas Gerais, as praias do Nordeste e Sudeste brasileiro também ficariam negros.

Os moradores de uma praia que era um encanto no norte do Estado do Espírito Santo, custam a acreditar que esta maravilha natural que encantava turistas do Brasil e do mundo, antes da lama chegar ao mar, agora também avistariam o óleo do petróleo chegando na praia, para tristeza daqueles que sofrem com as consequências do tsunami da lama de resíduos de minérios. 
A lama de resíduos de minério que chegou no mar
O óleo já chegou as praias da Grande Vitória, podendo também chegar ao sul do estado, com Guarapari  na rota, que recebe mais de 500 mil turistas, nos meses de janeiro e fevereiro. 

O meio ambiente destes lugares foi afetado terrivelmente e a sobrevivência da população que dependia do turismo da pesca e da agricultura foram prejudicados por causa da lama e do óleo derramado nos rios e no mar de forma criminosa, estes crimes ambientais nas montanhas, nos rios e no mar precisam de uma posição firme das autoridades brasileiras com punições as empresas responsáveis por estes crimes contra a natureza e o povo brasileiro que foram afetados

O óleo pintando as praias brasileiras de negro.
A população deveria receber recursos provenientes de multas bilionárias as empresas infratoras, como também programas governamentais destinados a auxiliar a população atingida por estes crimes ambientais graves, jamais visto no Brasil e que urge uma articulação com organismos internacionais, no sentido de se criar leis internacionais que possam punir empresas de outros países com sanções e multas bilionárias para que não se corra o risco de isto acontecer novamente.




domingo, 21 de outubro de 2018

Goiânia é a capital brasileira mais arborizada do país



Localizada no centro do seu estado, Goiânia, foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa de Goiás sob influência da Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo governo Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro. Os estreitos laços de amizade e interações políticas entre Pedro Ludovico Teixeira e Vargas contribuíram bastante para essa empreitada. Sofreu um acelerado crescimento populacional desde a década de 1960 e atingiu um milhão de habitantes em 1996. Desde seu início, a sua arquitetura teve influência do Art Déco, que definiu a fisionomia dos primeiros prédios da cidade.

É a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, sendo superada apenas por Brasília. É um importante polo econômico da região, considerado um centro estratégico para áreas como indústria, medicina, moda e agricultura. Durante a década de 2000, Goiânia destacou-se entre as capitais brasileiras por possuir o maior índice de área verde por habitante do Brasil, na época ultrapassada apenas para a cidade de Edmonton, no Canadá.
De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população é de 1 495 705 habitantes em 2018. É a sexta maior cidade do Brasil em tamanho, com 256,8 quilômetros quadrados de área urbana e o décimo município mais populoso do Brasil. Em 2016, a Região Metropolitana de Goiânia possuía 2 458 504 habitantes, sendo a 13ª região metropolitana mais populosa do país.

Goiânia é a capital brasileira mais arborizada do país, sendo este o motivo de ter recebido o título de "Capital verde do Brasil" e de melhor qualidade de vida. No início de 2005, a cidade possuía seis parques e cinco anos depois quadruplicou esse valor. 
Através do maior programa de plantio voluntário do planeta, intitulado "Plante a Vida", realizado pela prefeitura da cidade, foram distribuídas mais de um milhão de mudas de plantas nativas do cerrado à população da capital goiana. São cerca de 950 mil árvores plantadas somente em via pública. Atualmente, Goiânia possui 28 parques e bosques.


O Lago das Rosas é o mais antigo parque da cidade, inaugurado no dia 30 de novembro de 1971, mas construído desde a década de 1940. Com uma área de 315 000 m². O parque Vaca Brava, na região sul da cidade, possui uma área de quase 80 000 m², além de locais de prática esportiva.

Muitos dos parques de Goiânia são da responsabilidade do governo municipal. A prefeitura criou em 20 de julho de 2007 a Agência Municipal de Meio Ambiente, em substituição da antiga Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), com atribuições relativas à gestão da política ambiental do município, onde estão incluídas as funções de implementação e coordenação da execução dessa política, direcionada para o desenvolvimento sustentável em todo o território da cidade. A Companhia de Urbanização de Goiânia tem a responsabilidade de cuidar das praças do município.

O BRASIL TEM AS MAIORES RESERVAS DE ÁGUA DO MUNDO


Por ironia do destino, pelo descaso com a natureza e para espanto dos governos, a Região do Sudeste brasileiro sofreu com a maior seca de todos os tempos nos rios que abastecem de água a população que habitam nas grandes cidades.
Ironia porque o Brasil, além de possuir o Rio Amazonas, que é o maior rio do mundo não apenas pelo seu volume de água, mas também pela sua extensão que chega 6992,06 Km, possui também em seu subsolo o Aquífero Guarani, que foi o nome que, em 1996, o geólogo uruguaio Danilo Anton propôs para denominar um imenso aquífero que abrange partes dos territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e, principalmente, Brasil, ocupando 1 200 000 km.
Na ocasião de sua descoberta, ele chegou a ser considerado o maior do mundo: hoje, é considerado o segundo maior, capaz de abastecer a população brasileira com água potável durante 2.500 anos.

Distribuição do aquífero pelos estados brasileiros:
Mato Grosso do Sul (213 700 km²)
Rio Grande do Sul (157 600 km²)
São Paulo (155 800 km²)
 Paraná (131 300 km²)
Goiás (55 000 km²)
Minas Gerais (51 300 km²)
Santa Catarina (49 200 km²)
Mato Grosso (26 400 km²).

A maior reserva com o dobro do volume do Aquífero Guarani, e com o maior Lençol Aquífero do Planeta, o Aquífero Alter do Chão, uma reserva de água subterrânea localizada sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas.


Os aquíferos são um grupo de formações geológicas que podem armazenar uma enorme quantidade de água doce subterrânea.

O interessante com relação à descoberta destes Aquíferos é que tanto um como outro foi descoberto por acaso há décadas atrás, o Aquífero de Alter do Chão, por exemplo, foi descoberto no início da década de 60, quando a Petrobras e a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, empresa do Ministério de Minas e Energia), em trabalho conjunto de pesquisa, perfuraram naquela área um poço com cerca de 1.500 metros de profundidade. Até onde se sabe, não foram ali encontrados indícios da presença de minérios ou de hidrocarbonetos, mas água em abundância.


Dados iniciais revelam que sua área é de 437,5 mil quilômetros quadrados com espessura de 545 metros. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal do Ceará desenvolveram estudos que podem revelar que o aquífero pode ser maior que o calculado inicialmente, passando inclusive a ser maior que o Aquífero Guarani. Com 86 mil quilômetros cúbicos, o aquífero poderia ser suficiente para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial. O Alter do Chão teoricamente ocuparia uma pequena área em extensão, mas um grande volume cúbico, reservando aproximadamente 86 mil quilômetros cúbicos de água contra apenas 45 mil quilômetros cúbicos do Aquífero Guarani.
Estudos mostram que a quantidade de água do Aquífero de Alter do Chão é suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos 400 anos.
Estocagem e regularização da água – Durante o período de chuvas, os aquíferos funcionam como receptores de água. Parcela significativa das águas pluviais infiltram-se, abastecendo os aquíferos, que, em períodos de estiagem, fazem a manutenção do nível dos rios e lagos de forma lenta e interrupta.

Filtragem – Uma das grandes vantagens no aproveitamento das águas dos aquíferos é o fato de que ela, na maioria das vezes, é potáveis, não necessitando de tratamento para o consumo, fato que barateia o seu uso. Quando a água infiltra-se nas camadas inferiores da crosta terrestre, passa por diferentes materiais, que a filtram. Entretanto, os aquíferos também sofrem contaminação, quando na sua área de recarga são encontrados agentes poluidores, como lixões; quando são áreas em que ocorre intenso uso de agrotóxicos; ou em áreas grandemente urbanizadas.
O problema maior é que os governos não tem demostrado o interesse devido em pesquisas na qualidade da água e nos projetos voltados para aproveitar este grande recurso hídrico que o país dispõe. Hoje o maior manancial de água doce subterrânea do mundo.

No caso do Aquífero de Alter do Chão, por exemplo, existem informações de pesquisadores, de que o governo paraense ainda não demonstrou interesse em custear as pesquisas, o que foi feito até agora, foi fruto de esforços de grupos de pesquisas que tem buscado patrocínio não governamental para estudar este imenso aquífero.
Quanto ao governo federal, a Agência Nacional de Águas tem uma proposta para o aproveitamento destes imensos Aquíferos em solo brasileiro, veja a proposta: A Agenda de Águas Subterrâneas da Agência Nacional de Águas, em consonância com o Programa Nacional de Águas Subterrâneas (PNAS) do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), propõe um conjunto de ações para fortalecer a implementação da gestão integrada de recursos hídricos superficiais e subterrâneos no território brasileiro. Entre as ações específicas estão o apoio à gestão das águas subterrâneas nos estados e a ampliação do conhecimento hidrogeológico no país. Nesse sentido, a Agência Nacional de Águas (ANA) vem desenvolvendo estudos em aquíferos e sistemas aquíferos trans- fronteiriços, interestaduais ou situados em regiões metropolitanas. 

Apesar dos avanços no conhecimento hidrogeológico nacional nos últimos anos, o Brasil ainda carece de um mapa em escala nacional das áreas aflorantes dos seus aquíferos e sistemas aquíferos para subsidiar o gerenciamento de recursos hídricos. Neste trabalho, a ANA propõe uma nova ferramenta para a gestão das águas subterrâneas em território nacional, denominada Mapa das Áreas Aflorantes dos Aquíferos e Sistemas Aquíferos do Brasil, onde são destacadas as características gerais dos nossos aquíferos e sistemas aquíferos, de forma acessível aos gestores envolvidos e aos usuários que se utilizam da água subterrânea.

De toda água no planeta, 97,5% são salgadas e não servem para o consumo da população e 1,7% está sob forma de gelo. O que sobra para abastecer a humanidade é em torno de 1% de água doce. Desse pouco, 96% estão sob a forma de águas subterrâneas. Segundo alguns pesquisadores, a água subterrânea é 100 vezes mais abundante do que a água superficial.

Mais ao que parece, as autoridades dos estados brasileiros atingidos pela seca, preferem continuar a espera do milagre do dilúvio em vez de patrocinar pesquisas que colocaria a água destes Aquíferos nas torneiras das cidades brasileiras, onde a população sofre com a seca dos rios. 



A TERRA DOS BRAVOS ÍNDIOS E A VILA VELHA DOS CAPIXABAS


Nasci e me criei de 1961 a 1980 no bairro de Aribiri, (Trata-se de termo de origem tupi que vem de arabori, araguori, arauori, araue’ri ou alaberi, significando sardinha, peixe da família dos caracídeos. (Cunha, 1989:65). Uma segunda versão da origem do nome aribiri é alaberi, araberi), um dos mais tradicionais bairros da cidade de Vila Velha, que no século XVI pertenceu a um donatário que com sua caravela com 60 homens entre fidalgos e criados, fizeram uma incursão a esta terra, para se apossar das 50 léguas de terras, demarcadas pelo império português, para seu domínio, e no dia 23 de Maio de 1535, através da Nau Glória, Vasco Fernandes Coutinho atravessou a Baía, daquela que um dia iria se chamar Vitória orientada pela Serra que os descobridores (ou invasores) denominaram de Mestre Álvaro indo ancorar numa pequena enseada, situada a 
esquerda do Morro da Penha, onde anos depois, índios e religiosos construíram o Convento da Penha, que hoje é um símbolo não só de religião mais de arquitetura, por ter sido construída em cima de uma grande pedra no alto da montanha.  E, por um povo marcado pela grande religiosidade e pelo fato do convento fazer parte da própria história do Espírito Santo, sendo hoje um grande santuário do povo capixaba.
Ao norte do morro também denominado pelos portugueses de João Moreno, os colonizadores europeus, julgavam ser a Baía de um grande rio que deram então a terra o nome de Vila do Espírito Santo em vista de celebrar-se naquela data a igreja católica, a festa do Divino Espírito Santo.
O desembarque a essas terras porem não se fez com facilidades, pois os verdadeiros donos da terra, os indígenas que já habitavam há séculos, em defesa de sua terra, lutaram com coragem, armados com arcos e flechas, atirando suas setas dirigidas ás embarcações dos invasores.

Houve necessidade de fazerem troar as duas peças da artilharia da caravela contra os índios que resistiram bravamente as invasões daqueles homens brancos em suas terras, mas o poderio militar do invasor era bastante superior e suas flechas não podiam contra os canhões, e os bravos índios, Aimorés, Goitacás e Botocudos recuaram, permitindo a posse da terra pelos invasores.
Hoje Vila Velha com uma economia pujante, precisa crescer mais, para não vir a se tornar um bolsão de pobreza, através da Zona de Processamento de Exportação ZPE e, buscando alternativas econômicas viáveis na área industrial e turística, poderá se consolidar como um destino natural de empresários e turistas na região sudeste.
Enfim, Vila Velha e outros municípios do estado do Espírito Santo encontrarão mais uma vez, alternativas econômicas para se transformar em pouco tempo em grandes Metrópoles da indústria, comércio e turismo.
A VISITA DO IMPERADOR Á VILA VELHA
Desde a mudança da sede da capitania para a ilha de Vitória a vida na antiga vila do Espírito Santo (Vila Velha) se reduziu, no período colonial e mesmo durante o período provincial de nossa História, a ocorrências esporádicas que se desenrolaram em torno da igreja de Nossa Senhora do Rosário e do Convento da Penha. Dentre essas ocorrências merecem registro os ataques dos holandeses contra as fazendas de açúcar de Vila Velha, no século XVII, e a tentativa fracassada de saquear o convento, o que deu origem à lenda do exército de Nossa Senhora que os holandeses viram descendo das nuvens para salvar o santuário. Baseado nesta lenda, o pintor Benedito Calixto fez o quadro que se acha exposto na galeria do convento, junto com outros de sua autoria, tendo por motivo temas ligados às tradições daquele monumento histórico.

 No século XVII, o donatário Francisco Gil de Araújo, que adquiriu a capitania do Espírito Santo a um dos herdeiros de Vasco Fernandes Coutinho, construiu, em Vila Velha, na praia de Piratininga, o forte que tem este nome, e que foi consagrado a São Francisco Xavier, razão pela qual é também conhecido pela denominação de forte de São Francisco Xavier da Barra.

 Para alguns autores, o forte de Piratininga, ainda hoje existente em área ocupada pelo 38º Batalhão de Infantaria do Exército, foi edificado em um sítio que, devido à sua posição estratégica, se prestou à defesa da capitania desde os tempos de Vasco Fernandes Coutinho. No século XIX, Vila Velha mereceu referências especiais dos viajantes que por ali passaram, dentre os quais, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, o príncipe alemão Maximiliano, o bispo José Caetano da Silva Coutinho e até do imperador do Brasil D.Pedro II. Na sua visita à Vila Velha, no ano de 1860, o imperador se fez acompanhar da imperatriz D. Teresa Cristina. D.Pedro II subiu ao convento da Penha e deixou registrado, no seu diário de viagem, a impressão que teve do magnífico panorama que se vê lá do alto.

A origem do termo Capixaba.  Segundo os estudiosos da língua tupi, capixaba, significa; roça, roçado, terra limpa para plantação. Os índios que aqui viviam chamavam de ‘’capixaba’’ sua plantação de milho e mandioca. Com isso, a população de Vitória passou a chamar de capixabas, os indígenas que habitavam na região, depois o nome passou a ser usado para denominar todos os moradores do Espírito Santo.

Os ''Canelas Verdes'' de Vila Velha:

Etimologia
No início da colonização capixaba surgiu o apelido canela-verde. A versão mais aceita é de que o apelido foi criado pelos índios para os primeiros colonizadores, porque existia uma grande quantidade de algas marinhas na costa capixaba que manchava as calças e a canela dos portugueses quando desembarcavam. Há quem diga também que o apelido pode ter origem pelo costume português de se usar meias longas verdes.

Personalidade

Os indígenas que habitavam o solo espírito-santense deram à história do Brasil o nome de Araribóia, figura marcante nos esforços de combate à invasão francesa no inicio da colonização brasileira.

Araribóia - Cacique da tribo temiminó, que partiu de Vitória com 200, índios para ajudar a expulsar os franceses do Rio de Janeiro.

 HERÓI DE VÁRIAS BATALHAS

Bravo herói fundador de Carapina, Serra, ES e Niterói no Rio de Janeiro

Estátua do grande guerreiro índio Araribóia - Niterói/RJ- Foto tirada por Mirian Fichtner/Época

Em 1560, a expedição de Mem de Sá foi combater os franceses no Rio de Janeiro. Levava Maracajaguaçu e Araribóia e outros Índios Flecheiros do Espírito Santo.

 No dia 15 de março de 1560, a expedição de Mem de Sá promove um ataque à Ilha Henri e consegue vencer, destruindo o Forte Coligny. Derrotados os franceses conseguiram escapar em grande número, refugiando-se no Continente.

O ataque a Ilha Henri está relatado em carta do padre Francês André Thevet na obra “La Cosmographie Universelle", editada em Paris, França, em 1575. Lá constam referências aos atos de bravura do Índio Fundador da Serra, Maracajaguaçu e de seu filho Araribóia.

 Mem de Sá volta a Salvador, na Bahia, em 3 de abril de 1560 e os franceses e Tamoios reagruparam-se e estabeleceram poderosas fortificações na Ilha da Carioca e na Ilha de Paranapuã.

ARARIBÓIA SALVA GOVERNADOR

Somente em 1567, com a derrota das forças Franco-tamoias, foram os franceses afastados da baía de Guanabara. Contudo os Tamoios continuaram com suas batalhas.

Araribóia está com o Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá, quando ataca e extermina os franceses em Cabo Frio, tendo salvo a vida do Governador, que, na luta, ia morrendo afogado.

Araribóia tornou-se o primeiro Índio com serviços prestados à Coroa Portuguesa. Por ter salvado o Governador e ter praticado outros atos heróicos, foi agraciado pelo Rei de Portugal, Dom  Sebastião, com o título de capitão-mor, recebendo o hábito da Ordem de Cristo e a tença de doze mil réis anuais. Dom Sebastião honrou-o, ainda, com um traje completo de seu uso pessoal, numa demonstração de apreço, raras vezes concedida pelo Rei.Reconhecendo os portugueses a bravura do índio.

FUNDADOR DE CARAPINA

Escritor Áureo Ramos, residente na Ilha do Governado,  procedeu pesquisas sobre Maracajaguaçu e Araribóia, descobrindo os livros: “História da Ilha do Governador”, de  Cybelle M. Ipanema e “Araribóia, o Cobra das Tempestades”, de Luís Carlos Lessa, sendo que ambas publicações confirmam:

 1- Maracajaguaçu era pai de Araribóia e vivia na Ilha dos Maracajás de onde saiu para o Espírito Santo. Foi socorrido por Vasco Coutinho que lhe mandara quatro navios e artilharia. No Espírito Santo o padre Braz Lourenço foi encarregado dos Temiminós. (Página 51 do Livro “História da Ilha do Governador.”)

2 - Araribóia foi o fundador da Aldeia de São João, em Carapina. Depois de fundar a Aldeia, foi guerrear no Rio pois os Temiminós tinham ódio dos Tamoios.

VILA VELHA DO ESPIRITO SANTO


Sou natural de Vila Velha no Espírito Santo, uma cidade que se destaca não apenas pelo sítio histórico como o principal monumento histórico-religioso do estado, o convento de Nossa Senhora da Penha localizado no alto de uma montanha como também, pelo litoral com belíssimas praias com 32 km de percurso indo da prainha de Vila Velha, a Praia da Costa, Itapuã, Itaparica, Barra do Jucú, Ponta da Fruta e até  mesmo na praia do Ribeiro, local histórico onde residiu o primeiro donatário da capitania do Espírito Santo, sendo hoje uma praia de pescadores com águas calmas.

Mas lembrar de minha querida Vila Velha e seu povo trabalhador e hospitaleiro é relembrar dos bairros que em meu tempo de menino, conheci cada pedaço desse chão como o bairro e Aribirí e os bairros vizinhos: Ataíde, Santa Inês, Glória onde está localizada uma fábrica de chocolates que gera milhares de empregos e renda ao município. Poderia até citar um a um becos, ruas, vielas e morros, como: Cruzeiro, Philips, Jaburuna, e o Farol de Santa Luzia que emociona e encanta pela beleza do local, fecho os olhos aqui em Manaus e revejo na memória de minha infância o imponente Morro do Penedo, o Parque Espera Maré, o Morro da Mantiqueira e o Morro da Concha onde recentemente estive mostrando para minha filha Isabel, onde gravamos um vídeo que postamos no Canal irbivar no Youtube

Vila Velha foi onde começou o estado do Espírito Santo, primeira povoação fundada por Vasco Fernandes Coutinho em 23 de maio de 1535, para tomar posse em sua capitania que se tornou sua primeira sede.  Foi fundada com o nome de Vila do Espírito Santo, em decorrência da data em que chegou o donatário, no dia em que a igreja católica celebrava a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
Quando a sede da capitania foi transferida para a Ilha de Vitória por volta de 1549/1550, a Vila do Espírito Santo foi apelidada de Vila Velha pela população e acabou se tornando nome oficial do município em 25 de setembro em 1959.  Sendo o município mais populoso do Estado. Vila Velha abriga também, a residência oficial do governador do estado do Espírito Santo.

Enfim, resolvi contar um pouco a história da cidade onde tive o privilégio de nascer, para pedir aos meus conterrâneos que defendam o meio ambiente desta cidade e que aproveitem esse tempo das eleições, para exigir que os governantes que virem a ser eleitos nesta eleição e nas próximas, possam ter o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental e principalmente que possam realizar campanhas com o objetivo de tornar esta cidade mais arborizada, fazendo assim com que a população canela verde (apelido criado pelos índios para os primeiros colonizadores, pois existia uma grande quantidade de algas marinhas na costa capixaba  que manchava as calças e as pernas dos portugueses quando desembarcavam) possa viver e respirar um ar mais puro além é claro, de tornar Vila Velha verde e muito mais bonita.

GUARAPARI E A SAÚDE

Há muito tempo estava planejando escrever sobre este tema aqui no meu Blog, sobre a situação em que se encontra a população da cidade saúde Guarapari, com relação a falta de um hospital neste importante Balneário do Espírito Santo, mais como as autoridades deste Município e do Estado, estavam se mobilizando junto ao governo federal para tentar resolver esse problema, resolvi dar tempo ao tempo para ver se as coisas se resolviam e esse problema fosse solucionado sem polemica. Mais a matéria do ''Gazeta OnLine'' publicado no último dia 02/03/2013 com o título ''Mãe perde o bebê e desabafa: "Guarapari se preocupa com o turismo e esquece a saúde", que pode ser acessado neste Link: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/03/noticias/cidades/1411722-mae-perde-o-bebe-e-desabafa--guarapari-se-preocupa-com-o-turismo-e-esquece-a-saude.html  me deixou indignado e acabei fazendo este comentário no Facebook, '' Concordo plenamente com esta frase, "Guarapari se preocupa com o turismo e esquece a saúde". Todas as vezes que visitei Guarapari, procurava saber se a prefeitura e o governo do Estado do Espírito Santo, já havia apresentado algum projeto ao governo federal para a construção de um hospital que pudesse atender a população e os milhares de turistas que durante 3 meses se soma aos habitantes deste importante Balneário. É lamentável que isto esteja acontecendo. Apelo ao Governador Renato Casagrande, ao Ministro Padilha e a Presidência da República, uma atenção especial para a construção urgente de um hospital e uma maternidade para este importante Município do Espírito Santo que recebe todos os anos milhares de pessoas de vários estados do Brasil.


Sei dos esforços que o governo do estado e a prefeitura de Guarapari estão fazendo para solucionar este grave problema de saúde, mas convenhamos, pela importância que Guarapari tem para o Brasil, este problema já deveria ter sido resolvido há muito tempo.

Todos os anos nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro o número de turistas que visitam aquele Balneário ultrapassa a  500 mil pessoas, fora estes meses, há uma população de 105.286 habitantes, segundo dados do IBGE, que necessitam ser tratados com dignidade pois, ''a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem á redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua proteção e recuperação''. Isto é Constitucional: artigo 196 da Constituição da República Federativa do Brasil, que assegura a sociedade brasileira o direito a todos a saúde, e o dever do Estado em relação a oferecer a assistência necessária ao cidadão brasileiro.

Um fato que me deixa bastante intrigado, é que Guarapari já foi visitado por turistas ilustres que em épocas passada conheceram esta cidade, e constataram a necessidade de equipar este Balneário com um moderno hospital para atender não apenas, a população original mais também em casos de emergências aos turistas veraneios que se deslocam com suas famílias, para este Município.

A ilha mais importante do Espírito Santo passou a ser chamar Vitória em homenagem a uma grande batalha


A cidade surgiu no dia 8 de setembro de 1551, na então ilha de Guananira ou Ilha do Mel, nome dado pelos povos indígenas, a Vila Nova do Espírito Santo como foi denominada a nova Capital em 1551, teve seu nome mudado para Vitória em homenagem a uma grande batalha travada entre os portugueses comandados pelo donatário da capitania Vasco Fernandes Coutinho contra os índios guerreiros Goítacas, após esta vitória a atual Capital do Espírito Santo passou a ser chamar Vitória.

No século XVI, quando os primeiros colonizadores portugueses chegaram à região da atual Vitória, a mesma era disputada por três grupos indígenas diferentes: os goitacás (procedentes do sul), os aimorés (procedentes do interior) e os tupiniquins (procedentes do norte). O donatário português da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, fundou, em 1535, a atual cidade de Vila Velha, que passou a ser a capital da capitania.

Devido aos constantes ataques indígenas, franceses e holandeses à cidade fundada por Coutinho, os portugueses decidiram transferir a capital da capitania para a Ilha de Santo Antônio, na Baía de Vitória.

Até o século XIX, os limites da capital capixaba eram o atual Forte de São João, onde atualmente está localizado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, próximo ao Centro da cidade, e o morro onde funciona o atual hospital da Santa Casa de Misericórdia, no bairro Vila Rubim. A cidade foi sendo construída nas partes altas, o que deu origem a diversas ruas estreitas. A parte de baixo foi sujeita a ataques e, devido a isso, foram construídos vários fortes na beira do mar.

Em 24 de fevereiro de 1823, a vila de Vitória foi elevada a cidade, mas seu isolamento insular evitava seu desenvolvimento. A partir do ano de 1894, com o ciclo do café, iniciaram-se, na ilha, diversos aterros nas partes baixas da cidade, alterando a forma da ilha e modernizando-a. Foram construídos, após disso, diversos bairros e escadarias e foram derrubados casarões. Além disso, foi melhorado o saneamento.

Em 1941, surgiu o primeiro cais na capital e, em 1927, a ponte que ligou a ilha ao continente. O porto se desenvolveu. Em 1949, foram feitos mais aterros e foram construídas amplas avenidas. Depois dessas várias mudanças, a cidade tornou-se o maior centro do Espírito Santo. Em 1970, o Porto de Vitória se tornou um dos mais importantes do país, e a capital começou a se industrializar. A modernização da ilha gerou o desaparecimento de quase todos os vestígios da Colônia e do Império na ilha.

Vitória é a capital do estado do Espírito Santo, na Região Sudeste do Brasil. É uma das três ilhas-capitais do país (as outras são Florianópolis e São Luís). Situada a 20º19'09' de latitude sul e 40°20'50' de longitude oeste, Vitória limita-se ao norte com o município da Serra, ao sul com Vila Velha, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com Cariacica.

Com uma população de 379 526 habitantes, segundo estimativas de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade é a quarta mais populosa do estado (atrás dos municípios limítrofes de sua região metropolitana: Vila Velha, Serra e Cariacica) e integra uma área geográfica de grande nível de urbanização denominada Região Metropolitana da Grande Vitória, compreendida pelos municípios de Vitória, Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha.

Vitória é cercada pela Baía de Vitória. É uma ilha de tipo fluviomarinho. Além da ilha principal, Vitória, fazem parte do município outras 34 ilhas e uma porção continental, perfazendo um total de 93,381 km². Originalmente eram 50 ilhas, muitas das quais foram agregadas por meio de aterro à ilha maior.

Vitória possui dois grandes portos: o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão. Esses portos fazem parte do maior complexo portuário do Brasil, que inclui vários portos do estado e que são considerados os melhores em qualidade do Brasil.